23 de dez. de 2010

lebkuchen

26 de out. de 2010


até as cores mudam..

13 de out. de 2010

nova etapa

Não sei se sabem que estou na Alemanha.. Pois é, passei uns tempos brigando por um visto e finalmente consegui no mês passado! yeah! Agora moro (por 3 meses) na simpática e verde Freiburg im Breisgau. A cidade é conhecida como uma das mais pró-verde do país, cada um tem sua bicicleta (eu já tenho a minha), todos separam o lixo em 4 sacos diferentes e têm várias lojinhas/marcas de produtos orgânicos espalhados por aí. 

Cá entre nós, uma delícia poder ir ao mercado e comprar farinhas/fermento/sal, tuuuudo orgânico! Eu, como não sou boba nem nada, quando completei uma semana no meu apto, já fui ali na cozinha e organizei a confecção do meu primeiro pão do lado de cá do mundo.

Claro que tive que colocar centeio na massa, caso contrário meus colegas de apto já iriam me jogar pela janela.. Aqui, decididamente, não curtem muito o pão 100% branco e fofinho que existe por aí (muitos dizem que os pães franceses são esquisitos =O!!!!!!)

Enfim, fiz meio a meio centeio e trigo branca, com fermento fresco. A técnica que usei foi a mais fácil possível, já que não tenho minha KitchenAid aqui.. 

- Misturei 350g de água morna com 8g de fermento fresco. Adicionei 300g de farinha de trigo branca, 200g de farinha de centeio e 15g de sal. Misturei os ingredientes com a mão, sem muito esforço nessa etapa. NÃO precisa sovar a massa, somente misturar bem os ingredientes e colocar em uma vasilha tampada para crescer.

- Eu fiz essa mistura de manhã, então deixei o pote tampado, com a massa crescendo bem devagar (por isso só 8g de fermento para 500g de farinha) até mais ou menos as 22h e daí dei o formato no pão. Coloquei em uma forma untada e deixei crescer em temp. ambiente por 1 hora. Depois, geladeira! Sim, GELADEIRA! O coitadinho passou uma noite fria e na manhã seguinte foi direto pro forno.

- Passei água na superfície do pão antes de ir ao forno e também depois que já tinha formado uma casquinha lá dentro. Passar água com pincel na superfície do pão ajuda a formar a casquinha gostosa que todos adoram.. E é importante passar também depois que ele já está lá dentro, pois já está bem quente, aumentando o resultado. 

24 de ago. de 2010

pizza


A clássica pizza italiana feita em plena São Paulo. A que aprendi lá no meio da Toscana com a italiana mais simpática que tem! Viola se tornou uma amiga, que quero guardar pra sempre.
Então, Viola, essa vai pra você!

A massa fiz a mesma do pão "italiano", mas coloquei um pouco de azeite. Deixei crescer a bola grande até dobrar de volume e depois dividi em 4 bolinhas. Dobrou de volume denovo e abri pra montar a pizza.

Não pré assei a massa. Abri com as mãos, coloquei na forma. Molho de tomate, ingredientes e forno ao máximo todo o tempo!

O molho de tomate fiz assim: 1 lata de tomate pelatti batida no mix com sal, pimenta, azeite, salsinha e cebolinha.

Sabores: -abobrinha, alho poró e queijo de cabra; -tomate cereja, champignon, manjericão e queijo de cabra; -batata cozida e alecrim.
O segredo é cortar os ingredientes fininhos (menos a de batata) e deixar de "molho"no azeite sal e pimenta por pelo menos 30minutos. Pega um gosto e fica uma delícia!

21 de ago. de 2010

abóbora

Sou viciada em abóbora. Lembro da primeira vez que fui ao mercado em Buenos Aires, que vi uma cabochá. O pensamento logo foi: imagina viver sem cabochá que difícil! Já ali comprei um pedaço e fui pro meu micro lindo apto..

Depois, já em sampa, meu prof da academia (obrigada, Marcel!) ficou sabendo que fazia pão e encomendou um de abóbora. Abóbora? Nunca fiz, mas posso fazer. Porque não?

Depois de 2 testes achei a receita perfeita. Cuidado! Vicia e agrega quilinhos...

250g de cabochá cozida e escorrida
100g de leite
85g de açúcar
85g de óleo
30g de manteiga
600g de trigo (pode ser 400g integral e 200g branca)
5g de fermento instantâneo seco
1 ovo
8g de sal

- Bater a abóbora, o açúcar, o leite e o ovo com o fuet na batedeira até ficar bem cremoso e a abóbora desmanchar bem. Adicionar o trigo, o fermento e o sal. Bater com o gancho até que a massa esteja unida. Adicionar a manteiga derretida e o óleo, trabalhar a massa até estar bem lisa e desenvolvida.
- Fazer uma bola e deixar crescer até dobrar de volume. Dar o formato (eu sempre faço pão de forma) e deixar crescer até dobrar de volume.
-Ligar o forno no máximo e colocar os pães para assar (junto colocar o gelo). Abaixar a temperatura para 200C e terminar de assar.

Sabe o pão perfeito pra comer com manteiga e cafezinho? É esse! Aproveite..

18 de ago. de 2010

nhac. crec.

No começo do mês foi aniversário da minha sobrinha fofa e claro, tia lulu foi a responsável pela comilança geral! Petiscos.. Daí começei a lembrar da viagem, tentando buscar alguma coisa na memória. E não precisou muito tempo pra vir à cabeça o tal do taralli da Itália.

Fui a internet atrás de uma receita boa e encontrei uma boa daqui, ó!
(http://www.wildyeastblog.com/2009/02/10/pepper-fennel-taralli/) 
340g de farinha de trigo
90g de farinha de glúten
0,7g de fermento instantâneo seco
7g de sal
2,5g de pimenta do reino moía
188g de água
30g de azeite
45g de vinho branco

-Misture os ingredientes na batedeira e bata a massa até ficar homogênea. Divida-a em 24 pedaços, faça bolinhas e dê o formato.
-Deixe crescer por 2 horas coberto com plástico. 
*A receita original manda fritar um por um no azeite, mas como não podia fazer isso no meio da confusão de pães, bolos, bolinhos da festa, resolvi assar direto. (eles fritam e depois assam por mais 40 minutos a 200C).
-Assar a 200C até que todos fiquem douradinhos e bem assados. O taralli é bem seco e crocante.


12 de ago. de 2010

.

pra matar a vontade de comer.

8 de jul. de 2010

o som do pão

Não sei se já falei disso aqui, mas hoje preciso "tratar do assunto"..

Sabe aquela frase que diz que de louco cada um tem um pouco? Todas as vezes que ouço o som do pão, logo depois de sair do forno me lembro dela. Já viu alguém abrir um sorrisão e sentir uma alegria inexplicável só de escutar as rachadurinhas do pão estralarem ao esfriar?


Na França me sentia uma retardada quando tirávamos aquele monte de pão do forno a lenha e eles começavam com a cantoria. É lindo. E me emociona de verdade.. incrível! Daí, depois de uns dias sofrendo com a "profissão maldita", com o coração ainda amargurado, dá o click na cabeça de que isso tem que estar presente na minha vida, tem que ser minha profissão mesmo.. será?


900g de farinha de trigo branca (usei farinha italiana)
120g de farinha de centeio integral
600g de água
360g de soursough
23g de sal

-Misture as farinhas, a água e o sourdough e deixe descansar por 30 minutos (autolise). Adicione o sal e continue trabalhando a massa em velocidade média por 3 a 4 minutos.
- Coloque a massa em um bowl untado com óleo e deixe crescer por 2 1/2 horas, dobrando a massa de 1 em 1 hora. Transfira a massa para uma superfície e divida em peças de 400 e 500g.
- Faça bolas, cubra com plástico e deixe descansar por 15 minutos. Dê o formato desejado ao pão, cubra com um plástico e deixe crescer.


- Para crescer, temos 2 opções: -Deixar a temperatura ambiente por 2 a 21/2 horas e assar. - Deixar a temperatura ambiente por 1 1/2 hora e depois colocar na geladeira por mais 2 a 16 horas e assar.

6 de jul. de 2010

Tudo velho, tudo louco, nada muda.

Pois é.. Tem umas coisas que me revoltam nesse mundo. A falta de respeito com a minha profissão é uma delas. Eu sei o que tem de errado, mas é tanta coisa junta, um emaranhado de ignorância e displicência que dá nojo e vontade de fugir. Será que um dia vamos poder nos dar ao luxo de enviar uma solicitação de emprego e receber uma resposta decente, mesmo sendo um não? Ou de não ser tratado como "o que precisa do emprego e vai fazer de tudo pra consegui-lo"????

É uma bosta! Ir ao mercado e não encontrar produtos, ir a uma entrevista e se sentir um idiota, tentar trabalhar em lugares realmente bons (na frente e atrás do balcão) e nunca encontrá-los! Acho que simplesmente não existem... Será que sonho demais? Ou está todo mundo louco? Queremos mudar os padrões e abandonar o velho ou nada nunca vai melhorar?

Sempre me pergunto qual é a solução, como podemos mover, cada um o seu famoso grãozinho até conseguirmos fazer um pão decente?

Segue a receita do pão de azeitonas, só pra tentar relaxar...

Olive Levain - Local Breads/Daniel Leader

350g/ 1 1/2 xíc de água
350g/ 21/4 xíc de farinha de trigo branca
120g/ 3/4 xíc de farinha integral
30g/1/4 xíc de farinha de centeio
125g/ 1/2 xíc de levain
10g/ 1 1/2 colh. de chá de sal
300g de azeitonas pretas e verdes

Misture as farinhas com a água e deixe descansar 20 minutos. Adicione o levain e o sal e trabalhe a massa na batedeira por 8 a 9 minutos em velocidade 4. Quando a massa já estiver uniforme, adicione as azeitonas sem caroço e picadas. Bata até que a massa volte a ficar uniforme.
Deixe a massa fermentar por 1 hora - não vai ser visível o crescimento. Retire a massa do bowl e dobre ao meio com as mãos. Coloque denovo no bowl e deixe crescer mais 2 ou 3 horas.
Dê o formato desejado a massa e coloque pra crescer em um banneton ou em uma bacia pequena coberta com um pano de prato e farinha. Essa massa deve crescer mais 1 ou 2 horas.
Tranfira a massa para a forma e coloque para assar em forno já aquecido a 230 C. Não esqueça do gelo pra fazer vapor!


* Alguém aí já visitou o banheiro de funcionário de algum restaurante? Já viu um que preste? Eu não!

1 de jul. de 2010

 
Eu amo um céu azul.. Não tem nada melhor do que acordar, espiar lá fora e ver aquele azulão sem nuvem.. Lembro sempre dos domingos que acordávamos cedo pra ir ao clube e curtir o sol. Delícia.

Vim a Brasília passear/resolver problemas e me dei conta (mais uma vez) que é muito difícil viver no cinza. Daí, querendo aproveitar cada minuto de claridade extrema, saí pra um passeio no congresso nacional, que em um desses dias apaga qualquer agunia, qualquer pensamento. 
Só deixa a paz e o coração esvazia.

Quem não conheçe a minha cidade não sabe o que está perdendo. Eu faço propaganda. E amo.




21 de jun. de 2010

firenze


Porque hoje estou um pouco saudosa..

18 de jun. de 2010

quiche


Tinha um maço de espargos rolando na geladeira. Compramos terça na feira, pra fazer na quarta e até hoje não tinha saído.. A ótima solução foi uma quiche e a idéia veio da vontade do meu pai de tomar um vinho.. valeu a pena!

Resgatei o livro do KingArthur e misturei umas receitas.

MASSA PARA TORTA

2 1/2 xícara de farinha de trigo
1 xícara de manteiga cortada em cubos e congelada por 20 minutos
1/4 a 1/2 xícara de água de gelo
sal
1 colher de sopa de vinagre para deixar mais crocante

*Eu decidi fazer a massa no processador, só pra não fazer tanta confusão com as mãos.

Bater no processador a farinha e o sal para misturar os ingredientes secos. Adicionar os cubos de manteiga e depois a água com vinagre. Formar uma bola com a massa, embrulhar em filme plástico e colocar na geladeira.

RECHEIO

2 xícaras de creme de leite fresco
3 ovos grandes
1 xícara de queijo gruyère ralado
1 maço de aspargos verdes
3 alhos poró
sal e pimenta do reino

Cozinhar os aspargos em água fervente - não por muito tempo. Dourar o alho poró em azeite e adicionar os aspargos. 

Abrir a massa e colocar na forma. Distribuir os aspargos e o alho poró na massa e colocar o queijo por cima. 

Amornar o creme de leite, bater os ovos e adicionar metade do creme nos ovos. Depois, misturar tudo e temperar com sal e pimenta. Colocar o creme na forma e assar a 200C até estar bem cozido.


Nham!

16 de jun. de 2010

e a nova invenção é..




baguette sem frescura com fubá e queijo! 






Estava com preguiça de fazer poolish ontem a noite. Depois do jogo fuleiro do Brasil, um friozinho.. Pulei na cama pra ler e saí de lá hoje, só as 09h!

Como tinha prometido treinar hoje, a solução foi inventar. Começei com 500g de farinha de trigo no bowl e abri a geladeira pra ver se sugava alguma idéia. Queijo! Porque não? Daí veio outra na cabeça.. Fubá?! Sim, fubá com queijo, não tem como dar errado.

Foi assim que tirei 100g de farinha do bowl e adicionei 100 de fubá, abri um pacote de parmesão ralado e fui a luta!

PÃO
400g de farinha de trigo
100g de fubá
350g de água morna
1/2 colher de sopa de fermento seco
8g de sal
40g de queijo parmesão ralado
Colocar as duas farinhas em um bowl (reservar um pouco) e adicionar 300g de água, misturar um pouco. Em uma pote, colocar a farinha reservada, 50g de água e o fermento -misturar bem e cobrir com papel filme. Deixar as duas misturas descansarem 20 minutos.

Adicionar o fermento às farinhas e o sal. Trabalhar a massa em velocidade 4 na KitchenAid até desenvolver bem o glúten. Fazer uma bola com a massa e deixar crescer até dobrar de volume.

Eu decidi dar formato de baguette, porque são lindas e também pra tirar fotos do procedimento da gana flûte. =)

Depois da 3 foto, deixar descansar 10 minutos e dar o formato da baguette. Deixar crescer no pano e depois assar em temperatura máxima com 2 pedras de gelo. 

Pena que eu não tinha um queijo parmesão melhor.. O gosto ficou forte demais e quase cheguei a concordar com os italianos que chamam nosso famoso parmesão de "falsificação culinária". ups!

15 de jun. de 2010

.


 
 Vista da janela/SP

14 de jun. de 2010

flûte gana

Pois é..

Os dias em São Paulo estão lindos, um céu azul incrível, com um sol delícia que aqueçe o inverno e dá vontade de sair na rua só de feliz.

Eu, por outro lado, tenho ficado muito em casa, testando e pensando. Resolvi conheçer mais literatura brasileira e com ela preencher o tempo entre um crescimento de pão e outro. Hoje decidi que vou tentar mais uma rodada de distribuição de currículos em padarias cool de SP, alguém tem alguma dica? Alguém acredita?

Enquanto crio coragem de "tomar um rumo e deixar de ser frouxa", vou assando.

Local Breads - Daniel Leader

POOLISH

125g de água morna
1g de fermento seco instantâneo
125g de farinha de trigo

Misturar os ingredientes, colocar em um bowl e cobrir com filme plástico. Deixe descansar por 8 a 10 horas.

PÃO

253g Poolish
145g água morna
2gg de fermento seco instantâneo
240g de farinha de trigo
25g de fubá
5g de sal

Misturar o poolish e a água, adicionar o fermento e as farinhas. Unir todos os ingredientes sem trabalhar a massa, cobrir e deixar descansar por 20 min.

Adicionar o sal e trabalhar a massa na batedeira por 8 a 9 minutos na velocidade 4. Fazer uma bola e deixar crescer até dobrar de volume.

Divida a massa em 3 pedaços, faca retângulos com cada pedaço, dobrar ao meio e deixar descansar 10 minutos.

Fazer o formato de baguette e colocar no pano para crescer. A massa deve descansar, bem coberta, na geladeira por 12 a 24 horas. 2 horas antes de colocar no forno, retirar da geladeira e deixar a temperatura ambiente.

*vídeo prático e rápido mostrando como deixar crescer a baguette e como transferi-la para a forma.

Ligar o forno no máximo e colocar o pão para assar junto com 2 cubos de gelo (em uma forma separada e já aquecida) .

* ando colocando a forma em que vou assar meu pão dentro no forno assim que ligo. Depois, quando coloco a massa na forma, com o forno já bombando, ela entra em contato já direto com o calor. Tive a impressão de que fica com mais crosta, mas a forma já começou a ficar toda torta, coitada.. mamis que não curtiu muito, mas pretendo continuar com esse truque!

8 de jun. de 2010

coroa


Com o meu fermento natural bombando, tenho que testar receitas antes que enjoe dele e resolva fazer outro (centeio ou líquido), porque meus dedinhos já estão coçando!

A de hoje, decidi de supetão de manhã.. A tal da Couronne , uma especialidade da região de Auvergne, na França. Nada mais é do que uma massa básica de pão branco, feita com levain.

Prometo que depois passo a receita do novo fermento, ok?

PÃO

340g de água
500g de farinha de trigo
125g de levain
10g de sal

Misturar a farinha e a água e deixar descansar por 20 minutos, coberto com um pano. Fazemos isso para hidratar a farinha e deixar o glúten desenvolver um pouco.

Adicione o levain e o sal. Para trabalhar a massa na batedeira, colocar na velocidade baixa (2 na kitchenAid) por 1 minuto e por mais 9 minutos na velocidade 4. Cuidado que a sua KitchenAid pode sair voando por aí!!!

Transferir a massa, em formato de bola, para um bowl untado com óleo. Cobrir com um pano e deixar crescer até que dobre de volume.
Justificar
Trabalhe com a massa em uma superfície enfarinhada, faça um rolo grande e junte as pontas.

*Eu decidi por a massa para crescer em uma forma de bolo com furo no meio pra garantir que o formato não ia sair correndo.

Cubra com o pano e deixe crescer denovo. Ligar o forno no máximo e colocar junto a forma vazia (para o gelo). Assar o pão, acompanhando para que não queime em cima (as vezes ponho papel alumínio).

7 de jun. de 2010

e o frio inspira

Lages/SC

Nada paga um feriadinho na serra catarinense, com friozinho e pinhão. Na gana de fazer pão e não comer muito, adoro uma aglomeração de pessoas querendo provar as novidades. =)

Fiz um pão de pão, sem frescura, só uma bigazinha pra dar aquele toque especial. Tudo na invenção, cansada e depois de comer um X do Xixão. Nham!

BIGA

300g farinha de trigo
200g de água morna
3g de fermento seco instantâneo

Misturei tudo, ficou bem úmida a massa. Resolvi ver o que acontecia, então tampei o bowl com filme plástico e deixei fora da geladeira a noite toooda. Acho que deu certo porque estava bem frio, tipo 10C e a biga não cresceu demais até ficar azeda.

PÃO

Adicionei 700g de farinha de trigo, 2 colheres de sopa de sal e 7g de fermento instantâneo seco. Misturei tudo, fazendo uma farofa. Medi mais 400g de água morna e fui adicionando e misturando com as mãos. A massa deve ficar úmida, mas sem grudar muito nas mãos.

Trabalhei a massa até ficar bem bonita, fiz uma bola e deixei descansar no bowl, coberto com um pano, em ambiente morno, até dobrar de volume.

Para o segundo descanso, você vai precisar de uma bacia pequena - um pouco maior do que a massa- e um pano de prato.

Abri o pano de prato seco, cobrindo a bacia e polvilhei bastante farinha de trigo, por todo ele. Fiz denovo uma bola com a massa e a coloquei na bacia, com a parte de baixo para cima, polvilhei mais farinha e tampei com o próprio pano de prato. É importante envolver bem a massa por ela ser mole. Se a deixamos crescer direto na forma, sem apoio, pode murchar para os lados..

Deixei crescer mais um tempo, até dobrar de volume. Liguei o forno elétrico no máximo e já coloquei uma forma vazia embaixo para jogar o gelo depois. Quando o forno chegou na temperatura, descobri o pão e virei a bacia em uma forma untada. Fiz os cortes e forno! *Na mesma hora que for colocar o pão no forno, lembrar de jogar 2 pedras de gelo na forma vazia e já super aquecida que estava lá dentro.

19 de mai. de 2010

mistureba danada

Estudando minhas opções ontem a noite decidi inovar (coisa que já sabia, mas que aperfeiçoei com Viola). Porque não fazer uma biga de centeio? E depois fazer com ela uma ciabatta de centeio??

A receita base foi também do livro novo, porque quando eu invoco com alguma coisa é bem difícil de conseguirem mudar meu rumo. Também porque meu levain está crescendo muito lindo e formoso, mas ainda não está pronto para que possa testar os pães da Itália e França..

*Fiz também um pão de forma com a massa.

Ciabatta maluquinha

BIGA
Água morna 65g
Fermento instantâneo 2g
Farinha de centeio 100g

Misturar tudo, sovar por 2 minutos, colocar em um bowl e tampar com filme plástico. Deixar a temperatura ambiente por 1 hora e depois na geladeira por mais 8 a 16 horas.

MASSA
Biga 167g
Água morna 425g
Fermento instantâneo 10g
Farinha de centeio 250g
Farinha de trigo branca 250g
Sal marinho 10g

Coloque a biga no bowl da batedeira e adicione a água, misture um pouco e adicione todos os outros ingredientes. Ligue a batedeira na velocidade média-alta e deixe por mais ou menos 15 minutos. Cuidado que a massa se anima e começa a escalar o gancho!!!

Transfira a massa para um bowl untado com óleo e deixe descansar até que triplique de volume. Divida a massa e dê o formato de ciabatta ( cortar em retangulos a massa e esticar com as maos, formando um retangulo grande, colocar em um pedaço de papel e afundar com as pontas dos dedos toda a massa). Tampar a massa com filme plástico e deixar crescer mais 30 ou 40 minutos.

Ligue o forno 1 hora antes de assar e coloque uma forma vazia dentro. Quando o forno estiver aquecido, coloque os pães dentro e depois 2 pedras de gelo na forma vazia.

*Coloquei semente de girassol, flocos de aveia e grão de trigo- que deixei de molho em água muiiito tempo. Fiz também um pão de forma com a massa.


É bem triste, mas o livro sempre manda usar a pedra pra assar os pães, mas claro que no Brasil é muito caro e não tive força suficiente para trazer a tal pedra da Alemanha.. Quem sabe um dia eu asso meus pãezinhos todos os dias em uma pedra assim ou em um forno a lenha! Sonhar não paga e faz bem!

18 de mai. de 2010

saboreando experiências














Depois de 3 lindos meses passeando por aí, resolvi voltar pra decidir meu rumo de vez, tomar a decisão e seguir em frente. =)
A parte boa é a de matar a saudade gigante de tudo e de todos e retornar aos meus testes caseiros dos pães mundiais. Retornei com um livro novo na mochila e mil novas idéias e experiências pra contar e por no papel.

Depois de passar pela Alemanha, Itália, Suíça e França, conhecer e futricar em mais de mil vitrines de deliciosas padarias, comer muitas gostosuras e ganhar alguns poucos e honrados quilos, voltei com a cabeça cheia e as mãos coçando de vontade de testar!

O livro perfeito da vez foi o melhor presente de aniversário do ano e me ajudou a entender melhor os lugares por que passava e os pães que provava, coisa mais linda estudar de noite e na manha seguinte poder ver pelas ruas a prática do negócio.

O primeiro pão-teste foi uma receita do livro, fiquei curiosa porque também vi Viola fazer as baguettes de alecrim na Itália, mais conhecidas como filone di rosmarino ou panmarino.. Mas o problema foi o seguinte: meus pais me presentearam um banneton e eu tinha que usar! Sempre foi meu sonho tirar do forno um daqueles pães lindos com os risquinhos de farinha (vai entender, cada louco com a sua mania) e decidi transformar os filones em um típico formato de sourdough - who cares?! Ficou lindo e gostoso, é o que importa.
Segundo Dan Leader, o melhor pão de alecrim da Itália é de Sandro Bernini, um padeiro da cidade de Donnini, que fica na Toscana. Não conheço nem um, nem o outro.. Maaass, pretendo conferir ainda nessa vida, porque não?

BIGA - Como a maioria do pães italianos, esse também é feito com biga, uma pequena massa, que deixamos fermentar por 9 a 17 horas antes de iniciar o pão.

Água morna 65g
Fermento instantâneo 2g
Farinha branca 100g

-Misture os ingredientes, sove a massa por 2 minutos, coloque em um bowl e cubra com filme plástico. Deixe em temperatura ambiente por 1 hora e depois coloque na geladeira por 8 a 16 horas.

MASSA

Biga 167g
Água morna 300g
Fermento instantâneo 5g
Farinha de trigo branca 500g
Azeite 65g
Alecrim fresco 10g
Sal marinho 15g

- Misture a biga com a água e vá adicionando os demais ingredientes. Sove a massa por mais ou menos 12 minutos na batedeira (até estar bem desenvolvida).
- Coloque a massa em um bowl untado com óleo e deixe crescer até dobrar de tamanho - quando você apertar a massa com o dedo ela deve retornar devagar.
- Divida a massa em 2 pedaços e molde em baguettes. Deixe crescer por mais 45 minutos e asse em forno a 200C.

12 de abr. de 2010

.

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver” Amyr Klink

Tô procurando as minhas árvores.. :)

5 de mar. de 2010

Turistiando


Como todo bom turista, fui passear por lindas cidadezinhas aqui por perto e aproveitar pra comer coisas gostosas, claro. Então, meu destino de quarta foi Colmar, a maior cidade francesa aqui perto e famosa por suas típicas casinhas coloridas. As 10h da manhã saí com minha bicicleta emprestada e fui rumo à estação de trem. O azar foi que o trem atrasou um pouco e perdi o ônibus que ia pegar as 10:55 em Breisach para Colmar..

Então, tive 3 horas livres na última cidade alemã antes da fronteira com a França, que foram muito bem aproveitadas por sinal.
Começei andando por ali, como quem não quer nada e quando vi estava lá em cima, junto com a Münster e suas antigas casas. Uma graça de cidade.. E claro que com um frio considerável, já que lá no topo bate um vento daqueles, o pensamento foi: buscar um café quentinho e aconchegante onde possa comer coisas típicas e tomar um bom chá fervendo.

O que não esperava era encontrar uma dessas barraquinhas de salsichas que eles tem muito por aqui e ainda mais aquecida e fechada! Rápida mudança de planos, porque não experimentar a famosa
currywurst? A "iguaria"alemã foi supostamente inventada por Herta Heuwer em Berlim há muiito tempo atrás e é considerada um prato típico alemão, daqueles que você tem que provar!

Depois de aprovada a salsicha, saí rumo ao meu ponto de onibus e, por favor, à Colmar. E ao pisar em território frances, meu primeiro pensamento foi: boulangerie. :) E que ótimo pensamento! Dei de cara com uma dessas que enche os olhos e surtei.. Querendo comprar e provar tudo, foi difícil escolher e sair de lá sem 30 pães na mochila, mas pude escolher 1
croissant aux amandes, um pain au chocolat e um pain aux noix. O resultado foi que enquanto me equilibrava com a mochila nas costas, o mapa no bolso e as viennoiseries na boca, não fui capaz de observar a igreja e nada mais a minha volta. HUM, sonho! Chegando em casa e no google que fui me dar conta que a tal padaria já era uma paixão antiga! TONTA, era o Paul!!!!!! Agora vou manter ele ali no bolso, caça-lo em todas as cidades que for..

bizarro: http://www.bestofthewurst.com/


Currywurst

- 2 colheres de sopa de óleo de canola
- 1 cebola grande
- 2 colheres de sopa de curry
- 1 colher de sopa de páprica picante
- 2 latas de tomate pelatti
- 1/2 de xícara de açúcar
- 1/4 de xícara de vinho tinto
- sal

Deixar a cebola cozinhar no óleo por mais ou menos 8 minutos, adicionar o curry e a páprica e deixar mais 1 minuto. Colocar as latas de tomate amassados, o açúcar e o vinho. Deixar ferver e abaixar a temperatura, cozinhar por mais 25 minutos. Passar pelo processador e servir com alguma salsicha de boa qualidade quente. Acompanhar com pão!!!

25 de fev. de 2010

Congelar não é fácil..

Como todos os que viveram toda sua vida em um país tropical, eu não estou acostumada com a neve e muito menos em subir montanhas cobertas por ela.. Não sei o que fazer com todas aquelas roupas (nem me mover dentro delas), lidar com o frio, e muito menos perder o pé + perna de vista depois de pisar no lugar errado, do jeito errado. Hoho E é justamente por isso que é incrivel sair do seu buraco e se enfiar em outro, descobrir os picos que o mundo tem por aí.

O destino foi uma estação de ski aqui pertinho, onde deixamos o carro e seguimos a pé, com o trenózinho sendo puxado pela corda, feito cachorro. A caminhada foi longa, mas muiiito gostosa, com algumas paradas para guerras pessoais com neve e fotos. Mas o melhor ainda estava por vir.. Lá em cima, quase no topo, tinha um restaurante com cara de típico nos esperando, com um salão super aquecido e uma cozinha prontinha pra nos soltar delícias germânicas..

A escolha foi simples: 1 tagessuppe, 1 belchenpfännle e claro, um apfelschorle de meio litro pra beber! Só a língua é que é complicada! Ûhh..

Tagessuppe é uma sopa, bem simples, com verduras picadinhas, um caldo bem lindo. O diferente é que tem também um "macarrãozinho"dentro, mas como uma pancake cortada em fatias (como spaghetti). Perfeita para recuperar as energias da subida e esquentar um pouco.
Belchenpfännle era um spätzel, com frango, pimentão, cenoura, creme de leite e muita pimenta- vários grãos inteiros espalhados por ali, esperando pra matar minha boca. hahaha Bem gostoso!

22 de fev. de 2010

Carnaval

















Dando início a minha volta pela Europa, eis que encontro o carnaval denovo. Sim, atrasado.. Na cidade de Basel/Basiléia o carnaval é comemorado uma semana depois do resto do mundo, e começa (pontualmente) as 04 da matina de domingo - pós quarta feira de cinzas.
A confusão de datas se deu em 1901, quando o carnaval católico foi remarcado para uma semana antes devido a retirada dos domingos na conta da quarentena. Então, com as duas datas de carnaval disponíveis, o povo da Basiléia decidiu "enfrentar" a igreja católica e criou o conhecido hoje como o único carnaval protestante do mundo. O desfile é lindo, todas as luzes da cidade são apagadas e entram em ação os grupos com suas lanternas, flautas e máscaras, que seguem assim até acabarem as forças, por todo o centro, sem uma fila organizada. Choveu a noite toda e o frio, no fim, estava um pouco demais.. A solução foi tomar uma mehlsuppe pra esquentar a alma. E como isso me caiu bem, incrivelmente às 06 da manhã, acompanhado de um pãozinho integral pra completar.

Sopa de Farinha

- 3 colheres de sopa de manteiga
- 4 colheres de sopa de farinha de trigo
- 1 cebola pequena
- 4 xícaras de água
- 2 xícaras de caldo de carne
- sal, pimenta, noz moscada, manjerona
- queijo parmesão

Coloque a manteiga e a farinha em uma panela e mexa bem até que fique escuro. Adicione a cebola e mexa até estar dourada. Coloque a água e o caldo e deixe cozinhar por 45 minutos. Tempere e sirva com queijo ralado.